Resenha: Ligue os pontos: poemas de amor e big bang

Autor: Gregório Duvivier
Páginas: 85
Editora: Companhia das Letras

Classificação: 

Gregório Duvivier em seu primeiro livro “Ligue os Pontos” com uma série de poemas. Os poemas são ótimos, bem escritos e saem do papel para a imaginação. Em ligue os pontos é possível ler poesia de várias maneiras, dividido em duas partes: cartografia afetiva e aprender a gostar muito, Gregório encanta com sua poesia escrita sobre momentos, situações, lugares e até mesmo sobre o amor desde o amor que se dedica nos poemas ao amor pelo que os poemas trazem.

Fui a uma palestra justamente para conhecer Gregório, um dos responsáveis pelo "Porta dos Fundos" que atualmente é um dos canais mais acessados no Youtube. Ele também é comediante em uma peça hilaria.
A princípio odiei o livro. Entendi que ele por si só não fala, precisa ser compreendido. Quando Gregório começou a recitar um dos poemas, compreendi o que significava aqueles poemas, aquele livro e cada frase escrita nele. 

O livro “Ligue os Pontos” tem um misto de amor, liberdade, momentos, lugares e pessoas. A leitura pode ser feita de uma só vez ou gradativamente, lendo-o aos poucos. É só abrir em uma página aleatória. Qualquer uma das opções irá te deixar apaixonado(a).

É dividido em partes. A primeira, é composta por poemas que circulam pelo Rio de Janeiro. A segunda, o autor parece pertencer aos poemas como numa declaração de amor - para Cecilia ou outras coisas ligadas -. Gostei bastante de “Aprender a Gostar Muito” e do poema “Num dia ensolarado, eu disse”.

Compre o livro ou pegue emprestado. Depois coloque no escuro. É fascinante! 

Ele realmente ganha sua própria forma(vida)...

Dedicado a Clarice, seu amor, Gregório e os leitores conseguem se entrega em cada poema.
Leia em voz alta, conforme foi escrito. Vocês verão.

Ligue os Pontos 

“Você é a última dos moicanos no pacote

de jujuba a cereja do bolo no topo

do milk-shake de creme de la crème

brûlée aquela música do cole porter

do topo do top de todos os pokemons(...)

e dias em que é aquele feriado que cai

no meio da seman e a gente enforca

pros dois lados imagine um réveillon fora

de época é você uma terça-feira de carnaval

em plena sexta-feira da paixão e minha

paixão é um sábado que não termina nunca.” (p.63.)

E por fim nada mais do que ele nos ensina, diante de suas vivências e uma coisa que aprendi a apreciar: 

“ Ao se deparar com a coisa mais bonita do mundo:

1. Certifique-se de que ela existe.

2. Observe-a minuciosamente. Pode ser que ela evapore.

3. Ouça a coisa mais bonita do mundo.

4. Deite a coisa mais bonita do mundo sobre a superfície mais confortável do mundo.

5. Ame-a imensamente.”

Não deixem de conferir, garanto uma ótima leitura!