Resenha: Quem é você, Alasca?

16 de maio de 2014

 
Autor:  John Green
Páginas: 174
Editora:  Martins Fontes
Classificação: 
Miles Hiltes um garoto que mora na Florida e vai estudar em “Culver Creek” no Alabama, Miles na verdade está cansado de sua vidinha baseada em ser um nerd, sem amigos que mora com os pais e resolve ir em busca de um “Grande Talvez”. Colecionar e aficionado por últimas palavras de grandes nomes, ele às decora e as sabe de cor. A história começa quando ele vai estudar na “Culver Creek” e as coisas começam a mudar, do colega de quarto a Alasca Young a garota que muda sua vida ele vive cada momento, desde como é beijar na boca à fumar e beber, mostrando que a vida parece boa e mais divertida. Apelidado de “Pudge” após virar amigo de Chip Martin mais conhecido como “Coronel” é ele quem vai apresentar a Miles esse novo mundo e a Alasca e Takumi.A querida Alasca se torna uma paixão e mesmo misteriosa, confusa e complicada seu coração bate mais forte ao lado dela a trama se passa em torno dessa relação entre Miles e Alasca mas também do que acontece em Culver Creek. Miles tem com últimas palavras preferidas a de François Rabelais: “Saio em busca de um Grande Talvez” mas é apresentado as preferidas de Alasca: “Como sairei deste labirinto? ” de Simon Bolívar, mas as rotas e escolhas os levaram a caminhos perigosos, enquanto ambos tentam encontrar a saída para seus labirintos e de um Grande Talvez. O livro é narrado na primeira pessoa por Miles, que vai retratando suas vivências. Com lições que o ensinam e aguardam o leitor, como, por exemplo, a importância do autoperdão, e questões religiosas abordadas de forma imparcial através do professor de Religião, a trama é envolvente do começo ao fim.
Já li e reli esse livro 2 vezes e ainda assim não me canso de ama-ló, considero Green genial e desde que o conheci me tornei uma aficionada pelas suas palavras. O livro mostra na verdade um pedaço de sua história; um garoto tímido e magro. Acredito que Miles é na verdade um personagem de parte da infância do escritor.  Mas atenção esteja preparado para dramas e uma tragédia de tirar o fôlego.

Miles é um garoto que está em busca de experiências, ele quer viver e vai estudar em Culver Creek, ai que as coisas começam a acontecer e sua vida muda. 

Coronel é um garoto bolsista que não gosta dos “burguesinhos/filhinhos de papai” da escola, ele é um ótimo amigo para Miles. Já Takuma é um aluno japonês, mas quem realmente muda sua vida é Alasca a garota que faz seu coração bater mais rápido, porém a garota tem um namorado baterista. Complicada e perfeitinha, Alasca é misteriosa e ao mesmo tempo genial, também é maluca, mas é dela o papel de não deixar a história perder o essencial e fazer o leitor desejar terminar o livro.

Como não gostar de frases célebres? Miles as conhece bem, mas ao conhecer a de Bolívar ele começa a refletir sobre esse labirinto em que todos estão presos. Mas não é só as frases celebres que torna o livro tão fantástico são as palavras ditas pelos personagens:
“Quando os adultos dizem: ‘Os adolescentes se acham invencíveis’, com aquele sorriso malicioso e idiota estampado na cara, eles não sabem quanto estão certos. Não devemos perder a esperança, pois jamais seremos irremediavelmente feridos. Pensamos que somos invencíveis porque realmente somos. Não nascemos, nem morremos. Como toda energia, nós simplesmente mudamos de forma, de tamanho e de manifestação. Os adultos se esquecem disso quando envelhecem. Ficam com medo de perder e de fracassar. Mas essa parte que é maior do que a soma das partes não tem começo e não tem fim, e, portanto, não pode falhar”
A paixão de Miles fica evidente em vários momentos falas como:
“Ela tinha namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então eu voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuva, eu seria garoa e ela, um furacão.”
“Eu queria tanto me deitar ao lado dela, envolvê-la em meus braços e adormecer. Não queria transar, como nos filmes. Nem mesmo fazer amor. Só queria dormir com ela, no sentido mais inocente da palavra.”
Gostei bastante de cada vez que li e tive percepções diferentes em ambas, apesar de ter tragédias e dramas demais na história, mas afinal, todos temos dramas.

Miles faz breves reflexos como:
“O que significa ser uma pessoa? Como passamos a existir e o que será de nós quando deixarmos de existir? Em suma: quais são as regras deste jogo e qual é a melhor maneira de jogá-lo?”
Após a tragédia do livro (acreditem estou tendo não contar o que acontece), Miles reflete sobre a perda:
“Você não pode me mudar e depois ir embora.”
Mas é toda a história e a vivência com Alasca que o faz querer mudar e viver sua vida:
“Não posso ser uma dessas pessoas que ficam sentadas falando que pretendem fazer isso e aquilo. Eu vou fazer e pronto. Imaginar o futuro é uma espécie de nostalgia.”
Depois de ler o livro, você para e pensa sobre o labirinto, tal como Miles e Alasca: 
"Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para a frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente."
Não deixe de conferir, garanto uma ótima leitura!

3 comentários:

  1. Esse livro é um amor, eu amei a história, é o segundo livro que amo do John haha, esse livro merecia filme <3
    Flor muito fofo seu blog, estou começando um blog, ele é básico mas fiz muito amor, dá uma visita? Beijos
    www.Doceliterario.wordpress.com

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    1. Tenho que concordar Amanda é um ótimo livro com uma ótima história! E john tbém merece fazer parte de nossas leituras tbém.

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  2. Acabei de ler TO APAIXONADA!!!!!!!!!!
    ........ (: ...........

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